Peru consegue entrada comercial de mirtilos para Israel, um importante mercado com 9.2 milhões de potenciais consumidores

A entrada do 'ouro azul peruano' em Israel representa uma conquista para as exportações agrícolas nacionais. Também está sendo feito um trabalho para trazer o mirtilo peruano para o Japão.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Irrigação (Midagri) anunciou que os mirtilos colhidos no Peru já podem entrar no mercado israelense, após a comunicação oficial do Serviço de Proteção e Inspeção Vegetal (PPIS) desse país.

O Serviço Nacional de Saúde Agrária (Senasa), órgão filiado e braço estratégico do Midagri, tomou medidas para formalizar o acesso a essa fruta, conseguindo que, até hoje, o chamado "ouro azul" peruano tenha a oportunidade de ser comercializado em 62 mercados internacionais.

“A gestão do acesso a novos mercados é essencial para continuar gerando oportunidades e garantir que nossos produtos sejam consolidados mundialmente; Essas ações são acompanhadas de trabalho de campo, focado em dar suporte fitossanitário, garantindo a saúde e segurança de nossos produtos agrícolas”, disse o responsável do Senasa, Miguel Quevedo.

A entrada de mirtilos em Israel representa a conquista de um mercado potencial de 9.2 milhões de consumidores daquele país do Oriente Próximo. Da mesma forma, os requisitos fitossanitários estabelecidos para a exportação de mirtilos para Israel contemplam o tratamento a frio da praga da mosca-das-frutas e a inspeção fitossanitária prévia ao embarque do embarque.

O “OURO AZUL PERUANO”
O crescimento agroexportador de mirtilos posicionou o Peru nos primeiros lugares do mundo, alcançando a certificação de 222,714 toneladas, com uma área de 17,707 hectares durante a campanha 2021-2022. Esses números representam um crescimento de 37% nos volumes de exportação e 30% nas áreas de cultivo, em relação à campanha 2020-2021.

As contribuições das regiões para a exportação desta fruta são: La Libertad (49%), Lambayeque (22%), Lima (20%), Ica (8%), Ancash (7%) e Piura (5%). “O acesso a novos mercados asiáticos gera grandes expectativas para o setor; considerando que estes países se caracterizam pela sua maior procura”, sublinhou o responsável da Midagri.

Na campanha 2021-2022, os principais destinos das exportações foram: Estados Unidos (55%), Holanda (23%), China (12%), Reino Unido (5%) e outros países, os 5% restantes o volume total. certificado para exportação.

PROJEÇÕES

A campanha de mirtilo 2022-2023 no Peru começou na semana 18 e, após atingir embarques de 300 toneladas nas primeiras semanas, a Associação de Produtores de Mirtilo do Peru (Proarándanos), projeta que até o final de junho as exportações semanais serão em torno de 700 toneladas à medida que as colheitas avançam nos campos do litoral norte e centro.

Da mesma forma, a entidade confirmou que a projeção de crescimento de 15% no volume de exportações de mirtilo para a campanha 2022-2023 se mantém em relação à campanha anterior, com embarques que chegariam a 276.000 mil toneladas.

Segundo o Diario Gestión, o Peru conseguiu consolidar-se como o principal exportador mundial de mirtilos, conquistando mercados como os Estados Unidos e a China (onde se destina 12% da produção nacional).

Diante desse crescimento, o Peru não pode ficar para trás, já que o México conseguiu acelerar sua produção de bagas nas últimas campanhas, disse Daniel Bustamante, presidente da Proarándanos.

“Por isso, a ideia é ter um mundo aberto, ou seja, ter novos mercados que, embora mais distantes, nos permitam diversificar os destinos do mirtilo peruano”, disse o executivo.

Nesse sentido, durante 2021, o Peru fez os primeiros embarques de mirtilos para a Índia, com 23 toneladas, e para este ano espera-se aumentar consideravelmente o volume para aquele destino, bem como para a Malásia. Entretanto, após a abertura de Israel neste 2022, os primeiros embarques seriam feitos nesta campanha.

Bustamante também comentou que, embora Israel seja um mercado com pequena população, tem alta demanda. Ele destacou ainda que o Proarándanos continuará trabalhando de mãos dadas com o Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária (Senasa) para abrir o mercado japonês, que tem alto potencial tanto pelo número de consumidores quanto pelo poder aquisitivo.

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