Juan José Flores, Aneberries: "Observamos uma maior aceitação e adoção de bagas na dieta dos mexicanos"

“Nos últimos anos optámos por desenvolver o mercado nacional, isto através de campanhas de informação sobre os benefícios nutricionais e de saúde que as bagas trazem aos consumidores”.

Juan José Flores, diretor da Aneberries, que reúne a grande maioria dos produtores e exportadores de bagas do México, refere-se ao estado atual da indústria naquele país, os objetivos traçados para o futuro próximo e os grandes desafios que devem ser enfrentar a indústria para continuar no caminho do crescimento e desenvolvimento competitivo, como tem feito até agora.

Desafios

Sobre os desafios ou desafios que tiveram este ano, ele sindica a diversificação de mercados como um dos desafios sempre presentes para o setor. "Já que o maior percentual de nossas exportações, que se aproxima de 95%, é direcionado ao mercado norte-americano dos Estados Unidos e Canadá", acrescenta.

Os desafios para a indústria mexicana aumentaram com questões logísticas, já que atualmente o transporte é limitado e existem diferentes países produtores no mundo que enviam bagas para a Europa e Ásia. “Na logística aérea os custos são muito altos, então a rentabilidade é um fator limitante”, afirma.

Outro desafio que Flores elenca é a questão dos impostos, pois para o mercado chinês existem tarifas que só se aplicam ao México e não a outros países, como os países da América do Sul, que possuem Acordos de Livre Comércio, "o que nos coloca em posição de desvantagem competitiva e torna a exportação para esse destino menos lucrativa”, ressalta.

"Um grande desafio é mudar a percepção de um produto caro, quando se considera a relação custo-benefício do produto..."

No que se refere ao uso de insumos, o desafio se concentra em buscar tecnologias mais ambientalmente responsáveis, sem deixar de lado a eficiência nos processos produtivos. "E a isso somamos os altos custos e a escassez de produtos", destaca.

“Além disso, nos últimos anos optámos por desenvolver o mercado nacional, isto através de campanhas de informação sobre os benefícios nutricionais e de saúde que as bagas trazem aos consumidores. Claro que, cada vez que vemos uma maior aceitação e adoção de frutas vermelhas na dieta mexicana, um grande desafio é mudar a percepção de um produto caro, considerando a relação custo-benefício do produto”, explica.

  • Quais são as expectativas do setor para 2022?

Nossa expectativa é continuar crescendo e, sobretudo, continuar promovendo a economia mexicana em todos os níveis, desde a geração de divisas, até a dignidade da qualidade de vida de toda a cadeia produtiva.

Juan José Flores nesta entrevista, que você pode ver na íntegra na versão digital da Blue Magazine, refere-se a todos ou quase todos os aspectos da indústria mexicana, desde os resultados da temporada até as metas estabelecidas para o futuro, que vão através do crescimento “para que cada vez mais produtores (associados e não associados) adotem boas práticas em termos de segurança, cuidado com o meio ambiente e responsabilidade social. Além de continuar promovendo o mercado local e atingir um maior número de mesas de famílias mexicanas”, destaca.

A entrevista completa pode ser vista na nova edição da revista BlueMagazine. Para obter mais informações sobre o progresso e os desafios da indústria mexicana de mirtilo, participe da próxima XXII Seminário Internacional de Mirtilo México 2022, será realizado nos dias 25 e 26 de maio na Expo Guadalajara.

fonte
Martin Carrillo O.- Consultoria de Mirtilos

Artigo anterior

próximo artigo

POSTAGENS RELACIONADAS

Cereja Austral: Boa Campanha para a Menina Bonita da Fruticultura
O impacto e a oferta de novas genéticas será o tema principal do encontro...
Novo sistema para avaliar o impacto da umidade relativa na pe...