O Sistema de Qualidade estabelecido para mirtilos chilenos
O Comitê Chileno de Mirtilo implementou um Sistema de Qualidade focado em manter a consistência da qualidade do mirtilo chileno. O objetivo da iniciativa é regulamentar o setor, estabelecendo requisitos mínimos de qualidade para os mirtilos frescos exportados, embalados pelas empresas aderentes ao Comitê.
O Sistema da Qualidade baseia-se principalmente no desenvolvimento e supervisão de 5 pilares fundamentais, que abrangem a indústria de forma integral, desde a escolha da variedade da planta e cada um do manejo até a pós-colheita.
Primeiro pilar: variedades
Este primeiro pilar tenta desestimular o uso de variedades pós-colheita ruins e incentivar as boas variedades, classificando-as em três grupos de acordo com sua qualidade e comportamento pós-colheita, com base na experiência de profissionais de empresas associadas, nas pesquisas realizadas. pela academia e institutos de pesquisa, por meio de testes técnicos ou do programa de verificação de qualidade realizado pelo próprio Comitê.
Grupo 1: Este grupo de variedades pode ser exportado in natura, considerando as épocas de colheita ("terços") e os mercados de destino. Novas variedades estão incluídas aqui e alguns exemplos são Duke, Draper, Legacy ou Blue Ribbon.
Grupo 2: Neste grupo, sugere-se maior cautela na exportação in natura, por se tratar de variedades que apresentam fragilidade, principalmente em relação à firmeza, como Jewel, O'Neil ou Ochlockonee.
Grupo 3: sugere-se que este grupo de variedades não seja incluído em programas de exportação de produtos frescos, como Elliot, Blueray ou Blueheaven.
Segundo Pilar: Manuseio Pré-colheita
Aqui se trata de focar nas operações que afetam a firmeza e presença de podridões, pois a falta de firmeza é um dos parâmetros de condição que mais afeta a comercialização, e o controle de pragas é fundamental para garantir os requisitos de segurança.
Deve ser feito um manejo pré-colheita que privilegie a poda e a nutrição balanceada e a irrigação adequada, com o objetivo de construir uma boa matéria-prima.
Por fim, o controle de pragas é essencial para que o fruto não seja rejeitado, por isso é necessário fazer uma análise intra e extra-fazenda e monitorá-la para saber quando e como fazer um controle integrado eficaz de pragas.
Terceiro Pilar: Gestão da colheita
Para atender às novas exigências do mercado, deve-se fazer um bom manejo da colheita, começando pelo treinamento do pessoal relacionado ao processo e contando com supervisores.
Aqui é aconselhável iniciar a colheita cedo e não com temperaturas superiores a 30 ° C, ou com a fruta molhada, e iniciar a colheita com 10 a 15% de fruta pronta, que é acima de 90% cor de cobertura. A frequência de colheita é essencial e não pode ser superior a 7 dias. Sugere-se que a fruta entre no estoque da propriedade em um período máximo de 30 minutos. Então, é imprescindível que a fruta seja resfriada o mais rápido possível, não ultrapassando 4 horas da central de coleta da fazenda.
Quarto pilar: gestão pós-colheita
Para manter a qualidade e a condição da fruta por mais tempo, câmaras úmidas devem ser utilizadas para determinar a pressão de Botrytis na fruta. Sugere-se gaseificar com dióxido de enxofre e baixar a temperatura do fruto com ar forçado.
A rastreabilidade da cadeia de frio deve ser realizada e monitorada continuamente. Isso inclui o controle de temperatura da fruta que está sendo expedida, que deve ser armazenada em salas de espera, e que deve estar entre +0,5 a -0,5 ° C para a temperatura da polpa.
O controle de qualidade deve ser realizado em pontos críticos desde a entrada da fruta na planta até o despacho (recebimento da fruta a granel ou embalada, antes de entrar na linha de embalagem, na linha, revisão do comercial, revisão do produto final e pré-embarque).
Quinto Pilar: Padrão de Qualidade
“A oferta mundial de mirtilos está mudando rapidamente e com ela os padrões de qualidade exigidos pelos nossos clientes”, defende o Sistema de Qualidade, portanto o objetivo desta norma é estabelecer os requisitos mínimos de qualidade para a fruta acabada, que inclui todos os mirtilos frescos para exportação que são embalados pelas empresas exportadoras membros do Comitê Chileno de Mirtilo, que por sua vez definem os responsáveis pelo cumprimento desses requisitos.
Para mais informações contacte a Sra. Julia Pinto, correio: jpinto@asoex.cl