Na quarta-feira, 26 de agosto, a partir das 10.00h (horário chileno), será realizada a primeira Conferência Profissional do Abacate, organizada pela Agricultural Seminars, onde participarão cinco dos melhores pesquisadores para tratar dos temas qualidade, produção, doenças, firmeza, pós-colheita e tecnologias para o cultivo eficiente do abacate.

Conversamos com o renomado pesquisador do INIA, Bruno Defilippi, um dos participantes do evento.

Qual é a importância do encontro?

• Esta atividade centra-se nos principais aspectos que limitam a exportação de abacates para mercados distantes, como o amolecimento da fruta e o desenvolvimento da podridão. Considerando, em ambos, os fatores pré e pós-colheita que afetam a eficácia das tecnologias atualmente em uso.

O que o torna único ou diferente de outros eventos como este?

• É um evento que começa por fornecer as bases fisiológicas para o entendimento de atributos de qualidade tão complexos quanto o processo de amolecimento que ocorre na pós-colheita. Desta vez, o evento reúne os principais pesquisadores que trabalham com temas no Chile.

Além disso, os painelistas são acadêmicos reconhecidos. Qual a importância de a academia se envolver na pesquisa e no desenvolvimento dessa cultura?

• No Chile, a academia sempre esteve ligada à indústria de desenvolvimento de frutas. No caso do abacate, esse desenvolvimento partiu de diversas instituições, como as envolvidas neste seminário, o que tem permitido abordar questões em diferentes aspectos dessa espécie. Neste contexto, nos últimos anos, este trabalho colaborativo tem focado o estudo nos temas a serem discutidos nesta conferência.

Eu vejo no programa que há uma ênfase no processo de pós-colheita ...

• O Chile, como país que fornece frutas para mercados distantes, precisa do uso de tecnologias pós-colheita para chegar a mercados tão distantes como a China com frutas de qualidade. Neste contexto, no INIA temos trabalhado em conjunto com universidades e empresas na procura das melhores estratégias, incluindo tecnologias, para podermos chegar ao nosso destino com um abacate de qualidade.

 Por fim, qual é a contribuição deste seminário para a indústria?

• A fruticultura é muito dinâmica e deve estar preparada para responder às mudanças, sejam nos mercados ou nas impostas pelo meio ambiente, como o estresse ambiental. E para responder a estas mudanças, ter uma boa base de conhecimentos é o principal para poder propor modificações ou a implementação de novas tecnologias ou processos. Este seminário abordará tópicos como a heterogeneidade do produto, os processos e fatores envolvidos no amolecimento e o desenvolvimento de doenças.

Relatores e tópicos

O investigador do INIA estará junto com Romina Pedreschi, investigadora doutorada da Pontificia Universidad Católica de Valparaíso; Reinaldo Campos, Ing. Agr. Ph.D. e pesquisador da UNAB; José Ignacio Covarrubias, Ing. Agr. M.Sc. Ph.D. e pesquisador da Universidade do Chile; e Paulina Sepúlveda, Ing. Agr. M.Sc. Michigan State University e consultor em fitopatologia. A conferência apresentará o tema "Estratégias para o uso eficiente de tecnologias pós-colheita de abacate para mercados distantes"; “Estratégias de heterogeneidade e sincronização do amadurecimento de abacates cv. Hass ”; “De dentro para fora, bases para entender a firmeza e amaciamento do abacate”; “Avanços na nutrição mineral para melhorar a produção e qualidade da fruta do abacate”; e "Doenças importantes no manejo pós-colheita do abacate".

Defilippi espera que o encontro desperte o interesse da indústria e que esta oportunidade seja aproveitada para ter pesquisadores de alto nível abordando questões críticas do abacate. “Cada tema será abordado fornecendo bases sólidas sobre as quais os participantes não só atualizarão seus conhecimentos, mas também darão ferramentas para entender e enfrentar os desafios atuais.”

Durante o dia, após cada palestra haverá uma rodada de perguntas para aprofundar em cada tema, e para participar você deve se conectar ao seguinte link: