Andaluzia reforça liderança na exportação de frutos silvestres
As frutas vermelhas, também conhecidas como berries, representam um grupo de frutas com características comuns que as tornam especialmente valiosas tanto do ponto de vista agronômico quanto nutricional. Na Andaluzia, essas frutas são um produto de exportação de destaque, além de um exemplo de como a agricultura pode evoluir para modelos mais sustentáveis, tecnologicamente avançados e competitivos.
Desta forma, a Andaluzia continua a reforçar o seu papel como líder europeia no setor agroalimentar, e em particular na exportação de frutos silvestres. Segundo dados recentes, em 2024 a comunidade autónoma atingirá 1.207 mil milhões de euros em exportações de morangos, mirtilos, framboesas e amoras para os países da União Europeia, com um volume de vendas superior a 327.700 toneladas. Esta conquista tem um protagonista claro: a província de Huelva.
“Despensa da Europa” em fruta fresca
Durante uma visita às instalações do Associação de Produtores e Exportadores de Freshuelva, o Ministro da Agricultura, Ramón Fernández-Pacheco, destacou o papel da Andaluzia como "despensa europeia" de frutas e vegetais frescos. "Nossa região não só lidera a exportação de morangos e mirtilos, como também é o segundo maior fornecedor de framboesas da UE", observou.
A chave para esse sucesso está na alta qualidade do produto, na diversificação de culturas e no compromisso com a sustentabilidade. Mais de 90% do setor é certificado com o selo. GLOBAL GAP Primavera, o que garante boas práticas agrícolas e a sustentabilidade hídrica. Além disso, a produção integrada — que busca equilibrar o uso de recursos naturais e técnicas ecologicamente corretas — é predominante, especialmente nas culturas de mirtilo (98%) e morango (77,6%).
Distribuição de culturas por espécie
Em termos de distribuição de culturas por espécie, os morangos continuam a ser a cultura dominante do setor, representando 51% da área cultivada. Eles são seguidos por mirtilos com 36%, framboesas com 12% e, em menor grau, amoras e outras frutas com apenas 1%. Cada uma delas possui qualidades únicas que as tornam atraentes para consumo in natura e processamento industrial. Os morangos, por exemplo, são a variedade mais amplamente cultivada nos campos de Huelva, não só devido à sua alta demanda nos mercados europeus, mas também devido à sua adaptabilidade ao clima e às técnicas de produção integrada. Os mirtilos, por sua vez, tiveram um crescimento significativo nos últimos anos, impulsionados por seu valor nutricional e propriedades antioxidantes, tornando-os um produto particularmente procurado em países como Alemanha e Holanda. A framboesa, embora menos presente na área, destaca-se por seu alto valor agregado, enquanto as amoras continuam sendo uma cultura menos importante, mas com potencial de crescimento.
Por sua vez o presidente de Freshuelva Francisco José Gómez, Ele aproveitou a visita institucional para pedir maior investimento em infraestrutura hídrica, destacando a necessidade urgente de concluir a barragem de Alcolea e avançar com a transferência de água para Condado, medidas essenciais para garantir a sustentabilidade do setor.
Em termos de produção, a Andaluzia combinou com sucesso a tradição agrícola com a inovação tecnológica, tornando as frutas vermelhas um dos pilares da sua economia agrícola. Graças a sistemas de produção integrados e certificações internacionais de qualidade, como o Selo Andaluz de Qualidade, o Produto Agrícola Andaluz (SAQ) recebeu o selo de aprovação SAQ. DIFERENÇA GLOBAL, O cultivo de frutas vermelhas andaluzas garante não apenas a excelência do produto, mas também um firme compromisso com o meio ambiente, o uso eficiente da água e a saúde do consumidor.
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